Reforma de Apartamentos, Casas e Salas Comerciais!

REFORMA. Esta palavra tem assustado muita gente que tem como objetivo melhorar ou ampliar sua casa, negócio …etc. Afinal, muitas vezes o custo fica acima do esperado, o cronograma se atrasa, se contrata profissionais pouco qualificados ou pouco responsáveis, e, muitas vezes, se é obrigado a conviver no mesmo espaço da obra. No entanto, existem alguns passos que podem ser seguidos para minimizar os problemas e imprevistos que podem surgir ao longo desse processo. Vejamos alguns deles:
1 – Custos da obra- O primeiro passo é saber quanto dinheiro se tem disponível para este gasto. Apesar de parecer óbvio, na verdade, é um dos maiores problemas que percebo quando faço o briefing (entrevista para levantamento de necessidades) com os meus clientes. Em sua grande maioria, eles não sabem o quanto pretendem gastar.

Existe uma conta de padeiro que gosto de fazer: para cada metro quadrado de reforma se gasta em média R$ 1.000,00 à R$ 2.000,00, dependendo, claro, da complexidade da reforma. Se você multiplicar isso pela metragem do que se pretende reformar, isso já pode lhe dar um parâmetro. De qualquer sorte, é sempre bom reservar de 10 à 20% a mais para o caso de imprevistos que são bem comuns em obras de reformas.

2- Planeje – Esse é um ponto que sempre gosto de deixar claro para meus clientes. PLANEJAMENTO é algo fundamental! Já fez algo importante na sua vida que vai envolver muito tempo e recursos e não se planejou? Pois é….Mas, acredite, a maioria não se planeja; e quando isso acontece há grande chance de muitas coisas darem errado. É por isso que muitas pessoas que passaram por uma reforma dizem que não gostariam de enfrentá-la novamente.

A melhor forma de se planejar é contar com a ajuda de um profissional da área competente. Já pensou em fazer uma cirurgia médica e, ao invés de chamar um médico, chamar um amigo seu que gosta de medicina para fazer a cirurgia? Ninguém com bom senso faria isso. Portanto, neste caso, contate o profissional especializado: um Arquiteto de sua confiança. E tenha certeza que este profissional vai lhe ajudar a concretizar esse seu desejo da melhor forma possível: vai lhe ajudar no projeto, no cronograma da obra, na contratação de profissionais habilitados, na compra dos materiais, etc.

3 – Contratação de mão-de-obra – Alguns clientes e amigos, ao fazerem suas reformas, aparentemente seguindo o roteiro correto, e no final o resultado não é o esperado. Por que? Por exemplo, ao se pensar em contratar um gesseiro, o cliente consegue as três cotações de valores de serviço mas, na hora de contratar o serviço, o único critério para fazê-lo é o preço. Bem…Não deveria ser assim! O critério deveria ser o melhor custo-benefício, não concorda? Afinal, o preço pode ser baixo e a qualidade também.

Eu não estou aqui dizendo que nunca se deve escolher o valor mais baixo mas, existem outros critérios que devem ser analisados. Por exemplo: Quais os serviços realizados? Conhece algum cliente deste profissional? se sim, ele foi bem recomendado? Ele costuma entregar no prazo? Se preocupa com a qualidade do serviço? Seria até interessante ver o serviço dele finalizado em algum outro lugar. Isso se aplica a qualquer prestador de serviço, inclusive na contratação do arquiteto.

4- Compra de materiais – É fundamental pesquisar na hora da compra para poder economizar. Não compre materiais de qualidade ruim se baseando apenas no preço. Afinal, isso pode lhe custar muito caro no futuro! Procure analisar se o material é apropriado para o uso a que se destina. Por exemplo, se a pintura é interna você poderá usar uma tinta PVA, que é a base de água, mas se a pintura for externa você terá de usar uma tinta acrílica ou aplicar textura. No caso do piso é a mesma coisa, existem pisos próprios para áreas externas, que devem ser resistentes a umidades e não podem ter a superfície lisa para evitar acidentes.

Além do mais, é preciso analisar a resistência do piso que se usará, pois quanto maior o tráfego de pessoas, maior deverá ser a resistência do piso. Para se classificar o piso, atribuiu-se a sigla PEI, que vai de 0 à 5, sendo o 5 de maior resistência. Também, nunca se deve comprar a conta exata, mas deve-se fazer a conta e acrescentar ao menos 10% sobre o total, afinal, sempre há um desperdício de material, principalmente pisos e revestimentos.

Pesquise nas lojas de materiais de construção e decoração, tanto indo nas lojas físicas quanto na pesquisa via internet. Lembre-se que quem paga à vista recebe desconto, portanto planejamento é tudo.

5 – Descarte de Materiais – Toda reforma gera entulhos, resto de pisos, paredes, gesso, telhas quebradas e assim por diante. Estes resíduos precisam ser descartados corretamente. As prefeituras possuem alguns lugares apropriados para isso, mas além de ser uma obrigatoriedade legal, o descarte apropriado de materiais construtivos é essencial para preservação do meio ambiente e demonstra respeito ao próximo. Sempre existe alguém que se considera mais “esperto do que outros” e que acha que pode dar um jeitinho para tudo. Mas lembre-se: o descarte em local inapropriado gera multa!

6 – Avalie Renda X Gastos – Dependendo do nível de reforma que se realize, pode-se gastar o equivalente ao valor de um imóvel novo. Portanto, deve-se analisar a questão do comprometimento da sua renda. Após se definir o projeto, o escopo da obra, é hora de pensar no desembolso. O ideal é que não se comprometa mais de 1/3 da renda familiar, se for o caso, divida a obra em etapas.

Espero que este artigo tenha lhe ajudado, se tiver mais dúvidas pode me perguntar abaixo, terei prazer em respondê-las.

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Abraço,

Álvaro Camiña